quarta-feira, 4 de maio de 2011

Capítulo 6 – Mudanças no Feudalismo (pg. 93)

Juscelino Kubitschek passou o poder para Jânio Quadros, que renunciou o cargo oito meses depois passando para João Goulart.
            Jango, como era conhecido, nacionalizou refinarias de petróleo e desapropriou propriedades rurais, dividindo-as entre agricultores pobres.
            Por isso, passou a ser malvisto pelas elites e por partes da classe média.
            Para defender seus interesses, a elite e a classe média usaram a imprensa para insuflar a “opinião pública” contra Jango e pressionar as Forças Armadas a derrubar o governo e tomar o poder.
            Desde então sucederam-se no Brasil nos governos militares. Nesse período foram abolidas as eleições para presidentes e os partidos políticos tradicionais foram extintos. Os opositores do governo eram presos, torturados e até mortos.
            As grandes obras do regime militar concentram-se no setor de infra-estrutura.
            Algumas delas são:
            Um amplo projeto de integração das diversas regiões do Brasil, que ainda se mantinham isoladas uma das outras.
            Um slogan muito usado nessa época foi “integrar para não entregar” uma clara referência para não perder a Amazônia.
            Assim, uma das grandes obras do regime militar foi a Transamazônica, uma rodovia que deveria atravessar todo o norte do país por uma extensão de mais de 5 mil quilômetros, ligando o litoral nordestino ao Acre.
            Deveriam fazer parte desse projeto, além da rodovia, outras obras, como as agrovilas, pequenas cidades compostas por aproximadamente 100 quadras.
            Sempre obcecados pela ideia de que o Brasil podia perder a Amazônia, os governos militares instalaram ali outros grandes projetos.
            Um dos mais importantes foi a Zona Franca de Manaus, que atraiu indústrias de eletrônicos para a capital do estado do Amazonas, oferecendo-lhes vantagens como terrenos, isenção de impostos, financiamentos de longo prazo a juros baixos etc.
            Entre as outras grandes obras projetadas durante o regime militar, destaca-se a ideia de uma usina hidrelétrica no rio Paraná, potente o bastante para sustentar o crescimento da indústria no centro-sul do Brasil. Esse projeto levou o nome de Itaipu.
            Outra grande obra dos governos militares foi a ponte Rio-Niterói, uma das maiores pontes do mundo. Possui 13 quilômetros de extensão e o piso está situado 70 metros acima do nível do mar.

Capítulo 7 – O Relevo do Brasil
            Curvas de nível são usadas para conhecer o relevo de um lugar
            Nas camadas internas da Terra, fontes de calor e energia produziam movimentos do magma que se refletiam na superfície. As placas eram empurradas umas contra as outras, erguendo serras, enrugando regiões.
            Esse fenômeno contribuiu de maneira decisiva para a atual configuração acidentada do relevo brasileiro.
            O relevo brasileiro foi esculpido também pela ação dos agentes externos, como a água, o calor, o frio, os ventos etc.
            A persistente ação dos agentes externos acabou alterando toda a estrutura de relevo que estava surgindo.
            As rochas se desgastam devido à alternância de calor e frio: com o calor (do dia ou do verão), elas se dilatam; na sequência, com o frio (da noite ou do inverno), elas se contraem. Esse fenômeno é chamado de intemperismo físico.
            Ao longo de milhões de anos, a água das chuvas que caíram sobre essas rochas antigas foi removendo pequenos pedaços delas, e isso ocorreu em vastas regiões. Esse fenômeno é chamado de intemperismo físico.
            No Brasil há dois tipos de estruturas geológicas – cristalinas e sedimentares – nas quais é modelado o relevo.
            O professor Aroldo de Azevedo criou um critério para classificar o relevo, baseado exclusivamente na altitude dos terrenos. Desse modo, as áreas mais altas foram classificadas como planaltos, enquanto as mais baixas passaram a ser consideradas planícies.
            Um aluno do professor Aroldo de Azevedo – o geógrafo Aziz Nacib Ab´Saber – ampliou os seus estudos e criou uma nova classificação de relevo.
            As áreas nas quais predomina a erosão passaram a ser classificadas como planaltos. Já aquelas em que predomina o processo de sedimentação, ou seja, de acúmulo de sedimentos, foram consideradas planícies.
            O geógrafo Jurandyr Ross, um aluno do professor Aziz, também inovou na forma de classificação do relevo brasileiro.
            O professor Jurandyr Ross considera três importantes fatores:
1.      A morfoestrutura: o formato do relevo – e sua classificação – decorre de sua origem geológica, isto é, depende de como surgiram as rochas que o sustentam.
2.      O paleoclima: os terrenos vêm sofrendo a ação dos climas a milhões de anos. Assim, muitas vezes, um terreno foi esculpido por um paleoclima, isto é, um clima que não existe mais.
3.      Morfoclima: a atual ação do clima sobre determinado relevo é importante para poder classificá-lo.
            Essa classificação estabeleceu conceitos para as seguintes unidades do relevo:
·         Planaltos: superfícies irregulares, situadas acima de 300 metros, que resistiram mais à ação da erosão.
·         Planícies: Superfícies aplainadas com até 100 metros de altitude
·         Depressões: superfícies rebaixadas entre 100 e 500 metros de altitude